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Separação dos Pais: reação dos filhos ao divórcio

Quanto menor a criança, mais dificuldades terá para entender o porque da separação dos seus pais. Quando uma criança de quatro ou cinco anos fica sabendo da separação dos pais, haverá grande confusão, porque ela ainda não entende. Ela sempre via seus pais juntos e se nega a admitir que esta situação mude. Irá reclamar da ausência do outro todos os dias, e insistirá para que voltem a morar juntos. Mas tudo isso dependerá muitíssimo da forma em que se desenvolva o processo de separação.

Os pais não deverão economizar esforços para que as crianças entendam sua decisão e lhes façam ver que é algo necessário. Quanto menor a criança, mais dificuldade terá para entender o que está acontecendo em casa.

Como a separação dos pais afeta os filhos de acordo com sua idade?

Diante da situação da separação dos seus pais, muitos filhos tornam-se rebeldes, malcriados ou deprimidos, e esta situação logo se refletirá de uma maneira negativa no seudesenvolvimento na escola, no seu contato com a família, e em sua convivência social, o que fará com que passem a buscar outras saídas não adequadas e benéficas para seus conflitos.

Em outros casos, as consequências são vistas depois do divórcio, e a concorrência entre quem é melhor, se o pai ou a mãe, de acordo como são tratados.

DIVÓRCIO NA GRAVIDEZ

Se a separação ocorre durante a gravidez ou durante os primeiros meses de vida, é provável que a criança se veja afetada pelo estado de ânimo da mãe, e portanto possa nascer com pouco peso ou com atraso no desenvolvimento cognitivo e emotivo. Embora se acredita-se que os bebês não entendem nada do que acontece ao seu redor, a verdade é que eles são seres muito receptivos e quase um espelho do que seus pais fazem… isso inclui o que sentem também! Se a mãe está deprimida, irritada ou tensa por causa da situação, o bebê sentirá o mesmo. Provavelmente vai chorar mais, vai querer ficar no colo o tempo todo e, também, não terá muita vontade de brincar.

FILHOS ENTRE 1 E 3 ANOS
Na época da separação, é provável, que haja um aumento da irritabilidade e agressividade. A criança pode se tornar muito tímida, apresentar pesadelos noturnos ou medo do escuro, fazer xixi na cama, entre outros. Assim, muitos medos e ansiedades podem aparecer, bem como retrocessos em seu desenvolvimento.

“Um divórcio não é nada agradável, não importa quantos anos a criança tenha. No entanto, a experiência é diferente à medida em que os pequenos crescem”

 

FILHOS ENTRE 4 E 7 ANOS
A criança não entende ainda o que é um divórcio, mas ao notar que um dos membros do casal não dorme em casa, é provável que pense que é por sua culpa “pensamento onipotente”, e reaja de formas opostas: ou fique muito obediente (pensando se for bom, o papai voltará), ou também muito mais agressivo ou rebelde, como era de se esperar quanto ao seu caráter. Nesta idade, alguns dos pequenos negam a separação tanto a si mesmos quanto aos demais (mentem aos parentes ou amigos, dizendo que seus pais ainda dormem juntos à noite, e continuam brincando de bonecas durante meses, simulando sua própria família e fazendo que seus pais durmam um ao lado do outro). As crianças sofrem um grande temor de serem abandonadas, junto com uma profunda sensação de perda e de tristeza. Podem sofrer transtornos do sono, de alimentação, e adotar condutas regressivas. Além disso, pode haver alguma regressão em termos de fazer suas necessidades, falar ou comer.

FILHOS ENTRE 7 E 12 ANOS

Esse período é conhecido como “estágio de latência”, já que as crianças são menos ativas do que antes no que diz respeito ao desenvolvimento. Aparecem sentimentos de rejeição, fantasias de reconciliação e os problemas de atitude. É possível que as crianças experimentem raiva, tristeza e nostalgia pelo pai que se foi. Nos casos em que os cônjuges tenham tido conflitos graves, alguns filhos podem viver uma luta entre seus afetos pelo pai e pela mãe. Outras vezes, se descuidam no aspecto material, obrigando-os a prepararem a comida, a vigiar os irmãos menores e assumam responsabilidades muito pesadas para sua idade. Eles tendem a deixar o egocentrismo anterior e se tornar mais sensíveis ao que acontece com os outros. É nessa fase que a criança têm mais capacidade de entender o que é o divórcio, mas não expressam qualquer opinião sobre isso. Podem manifestar sentimentos de vergonha pelo comportamento dos seus pais, e cólera ou raiva pelo que tomou a decisão de se separar. Além disso aparecem as tentativas de reconciliar aos seus pais, o descontrole dos hábitos adquiridos e problemas somáticos (dores de cabeça, estômago, etc.).

FILHOS ADOLESCENTES - APÓS OS 12 ANOS

Dos 12 aos 18 anos, a separação dos pais causará problemas éticos, e provocará, portanto, fortes conflitos entre a necessidade de amar ao pai e a mãe e a desaprovação de sua conduta.

 

Geralmente as reações mais comuns nesta etapa são: Amadurecimento acelerado, ou seja, o adolescente adota o pai progenitor ausente, aceitando suas responsabilidades. Por outro lado poderá adotar uma conduta antisocial: não acata nem aceita normas, desobediência, condutas de roubo, consumo de álcool, drogas, etc.

 

É importante destacar que a diversidade de experiências que vivem as crianças depois da separação dos pais, é, de qualquer modo, um sinal positivo, porque prova que o divórcio não é a única coisa que as prejudica, e que, muitas delas, superam a crise familiar, saindo delas mais fortes e mais maduros que seus conterrâneos que pertencem a famílias unidas.

Nessa fase, é complicado aceitar um divórcio, porque as crianças estão procurando por sua própria identidade e seus hormônios estão ‘fervendo’. A separação dos pais pode fazer com que se sintam inseguras e a violação de regras logo aparece. 

Se você estava se perguntando como a separação dos pais afeta os filhos de acordo com sua idade, nós contamos o básico de cada etapa. Se seus filhos tiverem que superar essa situação complexa, agora você já sabe como eles podem reagir.

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