

Terapia Centrada na pessoa



Terapia Centrada na pessoa
''Ser empático
é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo
refletido nos olhos dele''
[Carl Rogers]
PSICÓLOGA CLÍNICA
Especialista em terapia infantil
Ψ Kelly Brito Ψ CRP: 06/128082
TERROR NOTURNO - O PESADELO DAS CRIANÇAS
O terror noturno é um distúrbio do sono em que a criança chora ou grita durante a noite, porém sem acordar. Isso acontece porque está relacionado ao sonambulismo e sonilóquio (falar durante o sono), transtornos que ocorrem porque algumas áreas do cérebro despertam, mas o corpo, como um todo, não tem consciência disso.
“O terror noturno é uma parassonia do sono não-REM [movimento não rápido dos olhos], isto é, não está relacionado a pesadelos ou sonhos ruins, havendo também uma amnésia ao episódio ocorrido. É um tipo de distúrbio do despertar no qual os eventos são acompanhados por choro e gritos”, explica Lucila Bizari Fernandes do Prado, presidente do Departamento Científico de Medicina do Sono da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
O terror noturno pode surgir em qualquer etapa do sono, porém é mais comum que aconteça no estado de transição entre o sono e a vigília. Se ocorrer com pouca frequência, entende-se que faz parte de um estágio normal do desenvolvimento infantil, caso seje intenso e recorrente, tem que ficar em alerta, pois pode ser causado por outros fatores como transtornos psicológicos ou doenças subjacentes.

CAUSAS
Geralmente, o transtorno está ligado a componentes emocionais, com situações que são vividas durante o dia e afloram durante o sono. São experiências boas ou ruins, não bem resolvidas do ponto de vista psicológico. As causas do terror noturno não estão bem definidas, porém podem estar relacionadas à problemas de saúde, como febre, atividade física excessiva, estresse emocional ou consumo de alimentos excitantes, como o café. Este distúrbio pode ser diagnosticado por um pediatra ou psiquiatra e não possui tratamento específico, sendo a rotina de sono e redução de estresse as maneiras mais indicadas para melhorar o terror noturno.
O QUE FAZER?
O distúrbio acomete, principalmente na faixa etária de 3 a 7 anos. Durante um episódio de terror noturno, os pais devem manter a calma, proteger a criança de possíveis riscos, como cair da cama, e esperar que a situação acabe por volta de 10 a 20 minutos.
No momento de terror noturno, a criança não responder ao que os pais falam, não reage quando é confortada e algumas crianças podem se levantar e correr. E no dia seguinte, normalmente não se recordam do que aconteceu.
Por isso, o mais importante é manter o ambiente seguro e esperar que a criança se acalme e volte a adormecer. Depois do terror noturno terminar, os pais podem acordar a criança, levando-a até ao banheiro para fazer xixi, evitando falar do que aconteceu porque a criança não se lembra de nada. No dia seguinte, os pais devem ter uma conversa com a criança para tentarem saber se existe algo que a está deixando-a preocupada ou estressada.
SINTOMAS
As crises podem vir acompanhadas ainda de taquicardia, rubor na face, transpiração intensa, dilatação da pupila e aumento do tônus muscular. A criança pode também sentar na cama ou se levantar, não responder aos estímulos externos – como o chamado dos responsáveis, além de ficar confusa e desorientada.
Os sintomas ndicativos de terror noturno são:
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Agitação, espanto, gritos, suor frio;
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Olhos arregalados, apesar de não estar totalmente acordada;
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Confusa e assustada;
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Coração acelerado;
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Respiração rápida;
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Xixi na cama.
O tratamento, na maioria das vezes, não é medicamentoso e consiste em encontrar o gatilho que leva ao distúrbio e tentar contorná-lo, fazendo com que a criança lide melhor com ele e passe a não ter mais episódios de terror noturno. Porém, é importante procurar ajuda médica para que o quadro possa ser analisado e o pequeno volte a ter um sono mais tranquilo e restaurador.